NOTA: Esta é uma tradução feita por nós de uma pré-publicação de um capítulo que constará no próximo livro “Corona Unmasked” de Sucharit Bhakdi e Karina Reiss.
Será que as coisas boas virão apenas para aqueles que decidiram esperar?
Até agora, a maioria do público tem aceitado e apoiado o desenvolvimento de vacinas sem quaisquer dúvidas e hesitações. E com razão, uma vez que as vacinações podem poupar vidas. Mas nenhuma vacinação será jamais perfeita e livre de reações adversas. As vacinas úteis devem satisfazer dois requisitos importantes: 1) a vacina deve oferecer proteção contra uma doença grave ou mesmo potencialmente fatal; 2) os efeitos secundários devem estar dentro dos limites do tolerável e do aceitável.
Em geral, o benefício deve superar largamente o risco. Parece lógico, não é? E é verdade. Quem queria ser vacinado contra uma constipação comum se isso implicasse correr riscos incalculáveis de reações adversas graves?
Além disso, nem todas as vacinas têm utilidade para todas as pessoas. Por exemplo, vivendo na Alemanha, não precisamos de estar vacinados contra a febre amarela, uma vez que essa doença não ocorre aqui.
Já sabemos que a COVID-19 é particularmente perigosa para pessoas com mais de 70 anos e com condições preexistentes graves. Para estas pessoas, a vacinação contra o SARS-CoV-2 poderia, possivelmente, fazer algum sentido. Porém, antes de tais vacinações poderem começar, a eficácia da vacina e os potenciais perigos precisariam de ter sido avaliados com muito critério. O que se verificou, não obstante, foi que os ensaios clínicos realizados excluíram precisamente este grupo de pacientes, de modo que a eficácia e os riscos permaneceram desconhecidos antes do lançamento das vacinas.
Será que o “coronavírus assassino” justifica exceções?
Em meados de outubro de 2020, o presidente do Robert Koch-Institute (RKI), Lothar Wieler, disse à estação de televisão Phoenix: “Todos nós assumimos que as vacinas serão aprovadas no próximo ano. Ainda não sabemos exatamente como funcionarão, quão bem irão funcionar e o que irão fazer, mas estou muito otimista quanto à sua existência”. Ele estava certo sobre tudo. As vacinas estão aqui e estão a ser inoculadas em massa, mas não sabemos se funcionam, quão bem funcionam nem o que fazem. É por isso que estas vacinas não receberam uma aprovação regular pela UE, mas apenas uma “aprovação condicional” para utilização de emergência (1). Nos próximos dois anos, será revisto para aferir se os seus benefícios compensam realmente os riscos. Cada pessoa que é vacinada agora, faz parte desta enorme experiência. Mas claro que sem qualquer responsabilidade! Porque com vacinações sob regras de emergência, os fabricantes não dão quaisquer garantias. Nos casos de reações sérias ou até mesmo de morte estão isentos de qualquer responsabilidade.
Seria particularmente importante que fossem efetuados estudos escrupulosos dos possíveis riscos, em especial para estas vacinas completamente novas baseadas em material genético, tais como as vacinas mRNA contra o SARS-CoV-2, porque, de acordo com o estado atual de conhecimentos científicos, é concebível uma miríade de reações adversas graves.
Mais espantoso ainda é estas mesmas vacinas terem sido pré-encomendadas em quantidades enormes pelos governos europeus para serem distribuídas pela população sem existirem estudos robustos sobre a sua eficácia e a sua segurança. Além disso, os estudos realizados certamente não são viáveis mediante o curto espaço de tempo em que foram realizados. Três empresas farmacêuticas estiveram na linha da frente da corrida louca para a altamente lucrativa aprovação de emergência: a AstraZeneca, com a sua vacina de DNA com base num vetor de adenovírus, a BioNtech/Pfizer e a Moderna, com as suas vacinas mRNA.
Em 21 de dezembro de 2020 a Comissão Europeia aprovou a vacina BioNtech/Pfizer, seguindo-se pouco tempo depois, a aprovação da Moderna, em 6 de janeiro. Em 29 de janeiro a AstraZeneca também recebeu a aprovação da UE. Tudo isto contrariando os protocolos cuidadosos de testes clínicos para a aprovação de uma nova vacina, conhecidos por demorarem entre sete e dez anos.
Tudo foi encurtado para uns parcos meses. Poderia realmente haver dados fiáveis em cima da mesa, em tão pouco tempo, de modo a garantir que o público pudesse pesar o risco versus o benefício? É claro que não!
No entanto, tudo foi aceite e comprado, longe da vista, pelas autoridades na Europa. Em contraste, as autoridades sanitárias indianas disseram NÃO à vacina BioNtech/Pfizer, porque a segurança da população não estava garantida (2).
As vacinas atuais protegem contra a infeção grave causada pelo SARS-CoV-2?
Em bom rigor, o efeito protetor, com qualquer uma das vacinas, contra a infeção grave e potencialmente fatal da doença COVID-19, nunca foi demonstrado nos ensaios em macacos (3–5). Todos os ensaios enfrentaram o mesmo problema crucial: os macacos infetados nunca ficaram gravemente doentes com ou sem a vacinação (6). Os macacos podem servir de modelo para a infeção, mas não servem de modelo para a forma perigosa da doença.
O que dizem os ensaios em humanos?
Os principais meios de comunicação social difundiram de forma jubilosa os comunicados de imprensa das empresas farmacêuticas sem nunca fazerem nenhuma pergunta critica. Assim, pelos meios de comunicação, ficámos a saber que a proteção proporcionada pelas vacinas é simplesmente excelente. A BioNtech/Pfizer chega mesmo a atingir os 95 por cento de nível de proteção! Isso soa muito bem — Venha lá a vacinação!
Mas donde é que estes números surgem, sabendo que as pessoas saudáveis muito raramente correm risco de vida com a COVID-19?
De facto, entre os mais de 40.000 voluntários do estudo da vacina BioNtech/Pfizer (7), apenas ocorreram 170 “casos” de COVID-19 (cerca de 0,4%). Destes, 8 ocorreram entre
os vacinados (1 caso grave), enquanto 162 ocorreram no grupo controlo, dos não vacinados. Os 8 casos do primeiro grupo correspondem aos 5% dos 162 no segundo — portanto, 95% de proteção?!
Considerando o pequeno número de casos, as evidências podem ser descritas como simplesmente ridículas de um ponto de vista científico. Mais, como é que, em primeiro lugar, foi definido um “caso de COVID-19” neste estudo? Através de sintomas como a tosse, constipação, rouquidão e um teste RT-PCR positivo, que é extremamente duvidoso, como é sabido. Portanto, o que temos aqui é uma vacina que previne eventualmente a tosse, a constipação e a rouquidão em 0,7% dos vacinados. E agora, mercê deste “extraordinário” feito de “cortar a respiração”, centenas de pessoas vacinadas vão ser obrigadas a ter reações adversas graves, algumas das quais irão requerer, inclusive, hospitalização.
A situação não é melhor para os outros fabricantes de vacinas. Por conseguinte, o professor Peter Doshi escreveu no conceituado British Journal of Medicine (8),
queixando-se: “Nenhum dos estudos atualmente em curso foi concebido para detetar uma redução nos casos graves em termos de hospitalização, admissão em unidades de cuidados intensivos ou morte”.
Quão grande é o benefício da vacinação, especialmente para o grupo de maior risco da infeção? Ninguém sabe. A justificação para a aprovação condicional foi a prevenção demonstrada de eventos sérios ou mesmo mortais. As aprovações condicionais para todas as vacinas genéticas em causa foram, por conseguinte, concedidas sem qualquer base de sustentação.
O ensaio humano continua e todos os que estão agora entusiasmados para serem vacinados estão a participar nele.
Será que a vacina previne a infeção e, deste modo, a propagação do vírus?
Um objetivo amplamente difundido relativamente à vacinação foi que a vacina não só previne a COVID-19, como também previne a propagação do vírus na população. Já nos jardins de infância e nas escolas básicas, foi ensinado às crianças que poderiam matar inadvertidamente os seus avós, pois podiam transportar o vírus sem ficarem doentes. Para prevenir isto, todos devem ser vacinados, incluindo as crianças. Isto faz algum sentido? Pode uma vacina prevenir efetivamente uma infeção?
Comecemos pela primeira pergunta: será que faz sentido tentar evitar a propagação de um vírus que não é perigoso para a maioria das pessoas, a fim de supostamente proteger um determinado grupo de risco?
Em primeiro lugar, algumas noções básicas: sabia que 90% dos alemães transportam o vírus do herpes (VVZ) sem se aperceberem (9)? Os vírus só se tornam percetíveis quando o sistema imune está debilitado, por exemplo, durante outras infeções, doenças, febre ou stresse. Estritamente falando, todos nós transportamos um número espantoso de possíveis agentes patogénicos dentro do nosso corpo. No entanto, somos saudáveis. Os coronavírus também são conhecidos por serem transportados pelas pessoas durante décadas sem causar qualquer sintoma. No passado, estas pessoas eram chamadas de “saudáveis”, não lhes tendo sido dado este nível de atenção. Hoje em dia, são consideradas “assintomáticos infetados” e, portanto, altamente perigosas. Todavia, sabemos agora que o mesmo se verifica com o SARS-CoV-2: as pessoas que não apresentam sintomas agudos não conseguem propagar a doença grave COVID-19 quando se encontram em público (10-12).
O desenvolvimento de sintomas é um sinal de que os vírus encontraram uma oportunidade de se tornarem ativos, e também que o nosso sistema imunitário encetou uma batalha contra eles. Se não houver tosse, frio, rouquidão, etc., significa que o nosso corpo está a manter os vírus à distância desde o início. A carga viral que uma pessoa sem sintomas pode libertar para o mundo exterior é demasiado pequena para colocar em perigo as outras pessoas. Por conseguinte, o plano de vacinar toda a população é um empreendimento ilusório e insano.
Passemos à pergunta 2: poderiam as vacinas prevenir a propagação do vírus SARS-CoV-2? O RKI afirma que esta questão está completamente por resolver até ao momento (13). Para determinar se tal é verdade, ter-se-ia de examinar: 1) se as pessoas vacinadas ainda poderiam apanhar uma infeção, e 2) se, neste caso, a quantidade de vírus presente seria suficiente para infetar as outras pessoas.
A AstraZeneca fez manchetes noticiando que as pessoas vacinadas eram significativamente menos contagiosas. No entanto, numa observação mais pormenorizada, é bastante óbvio que, uma vez mais, não existiam dados suficientes para se chegar a esta conclusão. O estudo em questão apenas se debruçou sobre a primeira parte da questão — quantas mais pessoas têm probabilidade de contrair uma infeção após terem sido vacinadas. Como é que isto foi verificado? O único critério foi o teste RT-PCR positivo (14). Até a OMS afirma, agora, que o teste PCR não é o suficiente para diagnosticar uma infeção por si só (15). Então, o que vale a alegação não fundamentada que a propagação da infeção foi maciçamente reduzida pela vacina AstraZeneca? NADA.
Qualquer pessoa que tenha a mais pequena ideia sobre infeções e defesa imunitária sabe também que o conceito que foi lançado para o público para a vacinação do SARS-CoV-2, desde o início, é totalmente amador e ingénuo. Os anticorpos induzidos pela vacinação irão circular, na sua maioria, na corrente sanguínea. Numa breve analogia, para que o leitor possa entender, imagine que é um desses anticorpos, sentado na sala de estar — que representa um vaso sanguíneo dos pulmões. Agora o vírus chega a casa — sem a preocupação de tocar na campainha, apenas agarra a maçaneta da porta e entra no corredor: a célula pulmonar. Como é que o poderia impedir, estando sentado na sala de estar? Simplesmente não pode.
Basicamente, os anticorpos só podem ajudar a prevenir a propagação de um intruso quando este chega à corrente sanguínea. Essa não é a principal proteção contra um ataque aéreo, pelos pulmões. É precisamente por isso que não existe uma proteção vacinal verdadeiramente eficaz contra as infeções respiratórias, incluindo a gripe.
Se os benefícios das vacinações são mais do que questionáveis, o que dizer em relação aos riscos?
Lia-se nos principais meios de comunicação social: “o recurso ao mRNA nas vacinas afinal não é uma novidade”. Isso é verdade, mas NUNCA antes tinha sido utilizado em humanos para combater uma infeção viral. Os humanos nunca foram inoculados com genes virais recombinantes quer sob a forma de ADN quer de mRNA.
E, embalada nesta narrativa, foi iniciada a vacinação sob uma nuvem densa e sombria. Com as três vacinas de base genética, foram observados efeitos secundários imediatos perturbadores, porém cuidadosamente escondidos da consciência geral: inchaços severos e dores no local da injeção, febre alta e calafrios, dores de cabeça fortes, dores nos membros e músculos em todo o corpo, diarreia, náuseas e vómitos. Muitos vacinados estavam tão doentes que não conseguiram ir trabalhar. No estudo AstraZeneca, os efeitos secundários estavam a ser tão recorrentes que o protocolo do estudo teve de ser alterado: nas fases posteriores, os participantes do estudo tiveram de receber doses elevadas de acetominofeno (paracetamol) para aliviar a dor e a febre com a finalidade de tornar a vacinação razoavelmente tolerável (16). Em bom rigor, tais alterações de protocolo no meio de um estudo não costumam ser permitidas. Porque foi feita uma exceção neste caso?
Mas isso não é tudo. O estudo da AstraZeneca foi interrompido em julho e setembro de 2020, devido à ocorrência de uma doença autoimune extremamente rara que afeta a medula espinal nas pessoas que foram vacinadas (17). A mielite transversa está associada à paralisia e normalmente ocorre com uma frequência muito baixa, de aproximadamente 3 casos por milhão de habitantes / ano. É surpreendente, então, que esses dois casos ocorreram precisamente no seio de um pequeno número de indivíduos vacinados. A AstraZeneca decidiu anunciar alguns dias depois: “Acalmem-se! No primeiro caso a pessoa tinha uma esclerose múltipla incipiente e no segundo tratou-se de uma infeliz coincidência. O espetáculo irá continuar!”. E assim foi — a AstraZeneca continuou a forja. Mas não só a AstraZeneca – o mesmo aconteceu com todos os outros fabricantes. A vacina BioNtech/Pfizer causou paralisia facial aguda em 4 participantes e a vacina Moderna em 2, sem a causa ter sido alguma vez esclarecida (18). O pensamento predominante foi (aparentemente): porquê preocupar-se com pequenos detalhes se, para o melhor ou para o pior, a corrida para salvar a população mundial da ruína ainda está acesa?
Eventos comparáveis ocorreram com as concorrentes Moderna e BioNtech/Pfizer. Com ambas as vacinas, os voluntários sofreram reações adversas graves. Esta frase pode ser transferida para a discussão das reações febris gerais à vacina AstraZeneca.
Uma tal variedade de reações adversas imediatas nunca foi observada com qualquer outra vacinação. Na América, ao comparar o número de reações adversas relatadas de diferentes vacinas durante os 2 últimos anos, a vacina COVID-19 já está claramente em destaque, embora tenha sido aprovada apenas em dezembro de 2020 (19).
A vacina mRNA é perigosa?
“Não” é a resposta que se vê por todo o lado. Esta resposta é-nos dada porque 1) a vacina só introduz no nosso corpo a informação para uma pequena parte do vírus — a informação para produzir a chamada proteína Spike (espigão) — o que significa que não contém nenhum vírus intacto que pudesse propagar-se, e 2) a vacina apenas imita o que a Natureza também faria. Ou seja, os vírus intactos também libertam o seu material genético nas nossas células quando atacam, transformando as nossas células em fábricas de vírus. Portanto, não há problema, certo?
Longe disso. Uma infeção respiratória natural afeta, tipicamente, apenas o próprio trato respiratório. Se, na pior das hipóteses, a morte celular ocorrer, os danos são locais e podem ser reparados de forma relativamente fácil.
Com uma vacina, em contraponto, a informação genética viral é injetada no músculo. Muitos acreditam que os genes virais embalados permanecem no local da injeção —
ou seja, no interior do músculo. Os genes seriam apenas aportados por células no local, onde a maioria das “fábricas de vírus” seria criada. Seriam, por conseguinte, expectáveis alguns efeitos secundários como o inchaço, a vermelhidão e a dor no local da injeção, que permaneceriam relativamente inofensivos e desapareceriam após alguns dias.
Que erro fatal!
Os genes do vírus nas vacinas Moderna e BioNtech/Pfizer estão embalados dentro de pequenas embalagens — as chamadas nanopartículas — que podem ser imaginadas como feitas, não de papel como um envelope, mas de substâncias semelhantes à gordura. Isto protege o conteúdo e torna mais fácil a sua absorção pelas células do nosso corpo. A própria embalagem causa um risco de reações alérgicas graves que são muitas vezes superiores às das vacinas convencionais (20). Não é, portanto, sem razão que as pessoas com alergias estão agora a ser avisadas para não se vacinarem, uma vez que podem sofrer reações envolvendo risco de vida (choque anafilático). De facto, tais reações adversas perigosas ocorreram nalgumas vacinações nos voluntários dos ensaios, que necessitaram de tratamento de emergência. Para além disso, as nanopartículas podem ter uma pletora de outros efeitos nocivos, porque têm a capacidade de interferir com a função das nossas células sanguíneas e com o nosso sistema de coagulação (21).
Mas a situação pode tornar-se infinitamente pior. Faz parte da medicina básica o conhecimento de que todas as substâncias solúveis injetadas no tecido muscular entram na corrente sanguínea e são distribuídas por todo o corpo num espaço de tempo muito curto. Isto é precisamente a razão pela qual substâncias que supostamente têm uma ação imediata são injetadas nos músculos.
É sabido que os pacotes de genes injetados também entram na corrente sanguínea (22). Que tipo de células irão pegar neles, processá-los e depois produzir a proteína do vírus?
A resposta a esta questão não é certamente conhecida. Estamos agora a assistir a experiências em larga escala em humanos. Isto é absolutamente irresponsável, especialmente porque havia razões para haver precaução logo desde o início. Os perigos potenciais da “embalagem” já eram conhecidos. Mais significativa, porém, é a alarmante potenciação dependente de anticorpos (Antibody-Dependent Enhancement — ADE). Neste caso, os anticorpos não só não impedem a absorção do vírus pelas células como vão, inclusive, melhorá-la. Isto tem sido observado em estudos com animais envolvendo o SARS e outros coronavírus (23, 24). No decorrer das últimas décadas, durante o esforço — inútil — para desenvolver vacinas contra SARS ou MERS, este efeito de “potenciação” foi repetidamente observado. Um entre muitos outros problemas (25). Com esta noção em mente, não deveriam ter sido conduzidos estudos em animais para descartar claramente este efeito para o SARS-CoV-2? Os médicos que não alertam contra o risco de a vacinação poder desencadear doenças piores — não melhores — naqueles que estão dispostos a serem vacinados, estão a violar o seu dever de informar (26).
E, mais grave ainda, poderia a inoculação dos genes dos vírus desencadear efeitos relacionados com uma nova exacerbação imune? Não deveriam tais aspetos tão elementares ter sido considerados e testados previamente?
Convém não esquecer que os linfócitos têm uma memória de longo prazo — eles lembram-se do que é o “lixo molecular” produzido no decurso de infeções por coronavírus. E o lixo corona é tudo muito idêntico, não importa de qual membro da família do vírus deriva. Todos os humanos tiveram rondas prévias de treino com o coronavírus, tendo, portanto, linfócitos que reconhecerão o lixo do SARS-CoV-2. Uma pessoa sem a profundidade de conhecimentos requerida neste momento pode contrapor ao dizer que estes linfócitos assassinos reativos cruzados foram detetados em apenas 40-70% de antigas amostras de sangue, reagindo de uma forma fraca contra o SARS-CoV-2 (27, 28). No entanto, é sabido que, num determinado momento, apenas uma pequena porção de linfócitos pode ser encontrada no sangue. Os outros estão apenas a fazer uma pausa e a descansar nos órgãos linfoides (incluindo os gânglios linfáticos).
Aqui, salientamos uma descoberta excitante. Em abril de 2020, os investigadores suecos informaram que tinham descoberto algo verdadeiramente notável: tinham sido encontrados linfócitos T, ativados e prontos a combater, no sangue de todas as pessoas (100%) infetadas com SARS-CoV-2, independentemente da gravidade da doença (29).
Esta descoberta é um aviso claro e inequívoco.
Para contextualizar: durante um confronto inicial do sistema imunitário com um vírus, a resposta linfocitária é habitualmente morosa. As reações rápidas e fortes, tais como as documentadas pela equipa sueca, revelam que as tropas estão sempre preparadas, podendo ser mobilizadas em cima da hora. Elas sairão em enxame dos órgãos linfoides para combater o inimigo. A sua tarefa principal: o extermínio das fábricas do vírus — morte das células do próprio corpo que produzem as partículas do vírus.
E agora de volta à nova realidade: a grande experiência em humanos. Os pacotes de genes injetados são captados localmente pelas células musculares, mas, em grande parte, primeiro atingem os gânglios linfáticos locais e, logo após a sua passagem por estes, a corrente sanguínea. Os gânglios linfáticos são os locais onde reside a equipa de células imunitárias. Quando o gene viral é captado por qualquer célula, a produção da proteína Spike (espigão) começa a funcionar. Os linfócitos assassinos vizinhos do corona acordam e entram em ação — a batalha fraterna começa! Inchaço do gânglio linfático. Dor. Os linfócitos comunicam entre si e depois emergem dos gânglios linfáticos para procurar mais inimigos.
Sim — ali —, as células musculares! Ali estão elas!!!! Ataque!!!! No local da injeção surge vermelhidão, inchaço, dor sombria.
Agora, o pesadelo.
Isto acontece porque as substâncias compostas por pequenas moléculas, como, por exemplo, o açúcar sanguíneo, podem facilmente passar do sangue para os tecidos, enquanto as moléculas grandes como as proteínas não podem. Para estas, as paredes dos vasos são apertadas devido ao revestimento com uma camada celular — as células endoteliais.
Qual o tamanho dos pacotes de genes — grande ou pequeno? Em comparação com o açúcar no sangue, eles são certamente grandes. Portanto, uma vez entrando na corrente sanguínea, vão permanecer na rede fechada de vasos sanguíneos tal como as restantes células sanguíneas. Uma pequena parte deles irá ser capturada pelos glóbulos brancos. Todavia, a maior parte das fábricas de vírus vai, presumivelmente, estabelecer-se nas células endoteliais, ou seja, na camada celular mais interna dos vasos sanguíneos, onde o sangue flui lentamente — dentro dos vasos mais pequenos — porque os pacotes de genes podem ser tomados de forma particularmente eficiente pelas células (30). As células endoteliais vão começar a produzir a proteína Spike (espigão) viral e a colocar os resíduos à porta — do lado que está em contacto com a corrente sanguínea, onde os linfócitos assassinos estão em patrulha. Desta vez, a luta será unilateral. As células endoteliais não têm a mínima hipótese de defesa.
O que acontecerá então só pode ser adivinhado. As lesões no revestimento vascular levam geralmente à formação de coágulos de sangue. Isto acontecerá provavelmente em incontáveis vasos em inúmeros locais do corpo. Se acontecer na placenta, poderá resultar em graves complicações para a criança no interior do útero.
Estremecimento.
Há provas de que algo deste género está a acontecer? Sim, fala-se de doenças raras do sangue em que uma possível ligação à vacinação deveria ser investigada (31). Surpreendentemente, há relatos de doentes em quem foi observada uma queda acentuada das plaquetas sanguíneas (trombócitos). Isto encaixaria na hipótese apresentada aqui, porque as plaquetas são ativadas e gastas nos locais de formação dos coágulos sanguíneos.
Poderia verificar-se se esta suposição está correta? Sim. Os resultados laboratoriais fornecem informações imediatas sobre se está ou não em curso uma coagulação do sangue. As autópsias poderiam esclarecer se se formaram coágulos nos vasos sanguíneos mais estreitos. E, no entretanto, poder-se-ia ter tido em consideração a administração de anticoagulantes aos doentes como medida preventiva. A administração de preparações de cortisona para baixar a atividade dos linfócitos também poderia ter sido considerada.
Existe atualmente um fluxo contínuo de relatórios sobre mortes ocorridas em todo o mundo com uma estreita ligação temporal com a vacinação. Oficialmente é dito, como é óbvio, que a vacinação nada teve a ver com estas mortes. Quase todos os óbitos se referem a pessoas mais velhas com numerosas condições preexistentes, que em breve teriam de partir deste mundo de qualquer maneira. Porém, se isso iria acontecer efetivamente por esses motivos, nenhum ser humano pensante e simpático pode compreender por que razão é que estas pobres pessoas ainda tiveram de ser inoculadas com uma vacina tão mal caracterizada, tão pouco tempo antes das suas mortes naturais.
O que poderia causar a morte numa pessoa debilitada horas ou dias após a vacinação? Vários efeitos são concebíveis:
1. Stresse da própria vacinação; reações alérgicas.
2. Ataque autoimune. Os linfócitos também estão operacionais na velhice. Em pessoas idosas com doença preexistente, o ataque às fábricas de vírus pode ser a “última gota”.
3. Torna-se um pouco mais complicado quando uma eventual infeção concomitante com o SARS-CoV-2 também entra na equação. Em vários lares de idosos, aparentemente, houve surtos de COVID-19 poucos dias depois de os residentes terem sido vacinados. Tem piada porque até esse momento quase não tinha havido casos e todas as medidas de higiene haviam sido seguidas. Houve surtos mesmo após a segunda injeção da vacina (32,33). Uma indicação clara e esperada de que a vacinação não protege contra a infeção.
Penso que, neste momento, se deve fazer uma distinção entre pacientes com e sem infeção latente preexistente — é concebível (embora improvável) que aqueles sem infeção latente estejam mais protegidos enquanto aqueles com infeção latente correm o risco de morrer.
Além disso, parece que são particularmente os vacinados que estão a morrer. Serão as doenças relacionadas com a exacerbação imunitária aquilo que devemos temer? Não os problemas causados por anticorpos, mas por linfócitos assassinos ativados? E não poderá isto acontecer a qualquer altura aos vacinados — amanhã, no dia seguinte, na semana seguinte ou na semana a seguir a essa? Pois os linfócitos têm a memória de um elefante. Eles reconhecem algo que é semelhante em todos os coronavírus: o lixo molecular que é produzido pelas células infetadas pelo vírus. Ou seja, pode ocorrer, presumivelmente, uma exacerbação da doença associada à indução dos linfócitos durante qualquer infeção com um vírus relacionado. Em qualquer pessoa cuja vacinação tenha sido “bem-sucedida” — jovem ou idosa —, em qualquer momento, num futuro próximo ou distante.
Conclusão
As vacinas baseadas em material genético receberam uma aprovação de emergência à velocidade da luz para combater um vírus que não é mais perigoso do que a gripe (34). Existem agora provas claras de que as pessoas podem ficar gravemente doentes e morrer devido a estas vacinações. Nunca foi demonstrado nenhum benefício da vacinação no mundo real. Esta experiência humana de alto risco não deve ser autorizada a continuar até que estejam disponíveis dados fiáveis e convincentes.
Referências
(1) www.ema.europa.eu/en/documents/product-information/comirnaty-epar-produção-informação_de.pdf
(2) https://m.dw.com/en/india-pfizer-withdraws-covid-vaccine-application-for-emergency-use/a-56462616
(3) https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2020.12.11.421008v1
(4) https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2024671
(5) https://www.nature.com/articles/s41586-020-2608-y-020-2608-y
(6) https://science.sciencemag.org/content/368/6494/1012.longo
(7) https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2034577?query=featured_home
(8) https://www.bmj.com/content/371/bmj.m4037
(9) https://www.bmbf.de/de/90-prozent-der-deutschen-tragen-die-herpes-simplex-viren-vom-typ-1-in-sich-4310.html
(10) https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32453686/
(11) https://www.nature.com/articles/s41467-020–020-19802-w
(12) https://www.nature.com/articles/s41591-020-1046-6-020-1046-6
(13) https://www.rki.de/DE/Home/homepage_node.html
(14) https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=3777268
(15) https://www.who.int/news/item/20-01-2021-who-information–01-2021-quem-informação-notice-for-ivd-users-2020–05
(16) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7445431/
(17) https://www.aerztezeitung.de/Nachrichten/Astra-Zeneca-stoppt-Corona-Impfstudien-412708.html
(18) https://www.rki.de/DE/Content/Infekt/Impfen/Materialien/Downloads-COVID-19/Aufklaerungsbogen-de.pdf?__blob=publicationFile
(19) https://wonder.cdc.gov/
(20) https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMra2035343
(21) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6829615/
(22) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6383180/
(23) https://jvi.asm.org/content/85/20/10582
(24) https://www.jstage.jst.go.jp/article/jvms/60/1/60_1_49/_article
(25) https://jbiomedsci.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12929–020–00695–2
(26) https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ijcp.13795
(27) https://www.researchsquare.com/article/rs-35331/v1
(28) https://doi.org/10.1016/j.cell.2020.05.015
(29) http://dx.doi.org/10.1016/j.cell.2020.08.017
(30) https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/adma.201906274
(31) https://www.nytimes.com/2021/02/08/health/immune-trombocitopenia-covida-vaccina-sangue.html (32) https://www.br.de/nachrichten/deutschland-welt/geimpfte-altenheim-bewohner-positiv-auf-corona-variante-getestet,SOLq