(Texto de Dra Raquel Varela publicado no facebook em 25 de Março de 2021:
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=10218794288903384&id=1085430783
NOTA IMPORTANTE: A Dra Raquel Varela á data da publicação deste post não está associada á APSP)
Não recua – Merkel foi forçada a recuar por uma conjugação de factores.
Daqui a uns meses iremos descobrir – também em Portugal – que nunca houve ninguém a favor de confinamentos, “porque afectam muito a saúde mental e aumentam a mortalidade média abaixo dos 64 anos”.
Para parte substancial do substracto sociológico que cria hegemonia opinativa no espaço público a política não tem princípios nem memória – tem autoridade e esquecimento.
Agora que a autoridade foi forçada a recuar segue-se em breve a mudança de princípios. Daí que o esquecimento seja um recurso central do Estado.
A Alemanha está perto da Suécia, e apesar do esforço de eclipsar o país das renas que tem em Estocolmo a mesma densidade populacional de qualquer cidade europeia, os dados estão aí – nunca um comércio ou restaurante fechou, escolas abertas, não há sequer uso de máscaras e a Suécia tem menos mortos do que a média europeia.
De tal forma que nem a Finlândia nem a Noruega obrigam ao uso de máscaras ou fecham escolas. Foram publicados nos EUA dados do excesso de mortalidade entre 15-64 anos. Resultados?
A mortalidade das classes trabalhadoras por razões não Covid aumentou muito. O que levou Martin Kulldorff, professor da Harvard Medical School, a esta frase lapidar:
“Os confinamentos protegeram a classe dos laptops, jovens e pessoas com baixo risco, jornalistas, cientistas, professores, políticos e advogados enquanto enviaram as crianças e as classes trabalhadoras e velhos de alto risco para a zona de perigo (“while throwing children, the working class and high-risk older people under the bus.”)
Martin Kulldorff
Portugal é um caso único de submissão política, em que o Estado finge que não existem 1 milhão de desempregados, cortes de salários reais nos empregados à boleia da pandemia, selvajaria sem lei nos locais de trabalho, a bomba relógio das moratórias e uma crise de saúde mental que deixa as classes trabalhadoras e os seus filhos devastados já que nunca terão dinheiro para tratar-se a não ser com medicação.
Texto de Dra Raquel Varela publicado no facebook em 25 de Março de 2021:
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=10218794288903384&id=1085430783
NOTA IMPORTANTE: A Dra Raquel Varela á data da publicação deste post não está associada á APSP